Pontos principais:
- O conselho da agência financeira da Igreja Metodista Unida votou para dar aos bispos um aumento salarial com início no princípio deste ano.
- A votação ocorre depois que os bispos pediram, em dezembro, para abrir mão de um aumento em 2025 em meio aos orçamentos apertados de toda a denominação.
- Os bispos David Graves e Thomas Bickerton, que fazem parte do conselho, se recusaram a participar da discussão e votação sobre o pagamento dos bispos.
Em uma atitude bastante incomum, o conselho da agência financeira da Igreja Metodista Unida votou em 25 de abril para dar aos bispos da denominação um aumento salarial de 3%, que será retroativo a janeiro deste ano.
A votação do Conselho Geral de Finanças e Administração, durante sua reunião de primavera online, ocorreu depois que a maioria dos bispos pediu, no final do ano passado, para abrir mão de um aumento salarial em meio a cortes no orçamento de toda a denominação .
"O GCFA considerou vários novos factores que surgiram desde a discussão anterior", disse a Revda. Sheila B. Ahler, presidente do Comitê de Agência Geral e Assuntos Episcopais do conselho, que trata de questões orçamentais. "Entre eles, o aumento da carga de trabalho dos bispos, devido à redução do número de bispos, e mudanças econômicas significativas que impactaram significativamente o custo de vida."
Os salários dos bispos variam de acordo com a região. Retroativamente a janeiro, cada bispo dos EUA ganhará US$ 186.327. Na África e nas Filipinas, cada bispo ganhará US$ 91.555. Os salários dos bispos europeus variam de US$ 69.063 a US$ 144.768.
O custo adicional total para o aumento salarial é de US$ 270.000 para os 53 bispos ativos em todo o mundo. Os EUA têm 32; a Europa e as Filipinas têm três bispos cada; e o continente africano terá 15 bispos até o final de julho, quando uma nova área episcopal for adicionada na África Central.
O plenário da GCFA tem a palavra final sobre a remuneração dos bispos, como parte de sua função de supervisionar o Fundo Episcopal da denominação, que apoia seu trabalho. Normalmente, o conselho aprova quaisquer alterações salariais no final do verão ou no outono, quando finaliza os planos de gastos para o ano seguinte.
Inicialmente , em meados de 2024 , o Comitê da Agência Geral e Assuntos Episcopais do conselho considerou recomendar um aumento salarial de 3,5% para todo o conselho. Mas, à medida que as discussões sobre o plano de gastos do Fundo Episcopal avançavam, essa recomendação foi deixada de lado.
No entanto, Ahler disse ao conselho que, nos últimos meses, seu comitê teve discussões com bispos e funcionários do GCFA para considerar revisitar a questão salarial.
A equipe informou ao comitê que tanto a Sociedade de Gerentes de Recursos Humanos quanto a escala de pagamento, líderes do setor em gestão de remuneração, projetaram um aumento salarial médio de 3,5% para os trabalhadores este ano. Os bispos, bem como os funcionários das agências gerais da denominação, também estão registrando um aumento de 12,9% nos planos de saúde este ano.
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Ahler informou ao conselho, durante a reunião de 25 de abril, que o comitê esperava revisitar a questão salarial ao desenvolver recomendações para o plano de gastos do Fundo Episcopal para 2026. Após o relatório, porém, o membro do conselho, Ken Ow, fez uma moção para que o conselho entrasse em sessão fechada para discutir mais profundamente a remuneração dos bispos.
A maior parte da conversa ocorreu em um espaço online separado. Discussões sobre questões pessoais estão entre as exceções à política de reuniões abertas da Igreja Metodista Unida, prevista no Parágrafo 723 do Livro de Disciplina, o livro de leis da denominação.
Os dois bispos no conselho — o bispo David Graves, presidente do conselho da GCFA, e o bispo Thomas Bickerton — se recusaram a participar da discussão e votação do conselho sobre o aumento salarial.
Graves é bispo das conferências missionárias do Tennessee-Kentucky Ocidental, Kentucky e Apalaches Centrais. Bickerton é bispo das conferências de Nova York e Nova Inglaterra.
"O Comitê GAEM respeita a autoridade final e o processo de tomada de decisão do conselho na definição da remuneração episcopal e continua comprometido com sua função consultiva no apoio a práticas financeiras transparentes e equitativas em nossa igreja", disse Ahler.
A decisão do conselho ocorre em um momento em que muitos membros da Igreja Metodista Unida estão se adaptando a orçamentos menores e cargas de trabalho maiores.
Após a desfiliação de cerca de um quarto das igrejas dos EUA, a Conferência Geral aprovou em 2024 um orçamento historicamente baixo de quatro anos, entre US$ 353,6 milhões e US$ 373,4 milhões, dependendo das taxas de arrecadação em 2025 e 2026. O orçamento de 2025-2028 representa uma redução de cerca de 40% do orçamento denominacional anterior aprovado pela Conferência Geral em 2016.
O orçamento geral de 2025-2028 inclui entre US$ 82,8 milhões e US$ 87,4 milhões para o Fundo Episcopal, que apoia bispos activos, seus funcionários de apoio, bispos aposentados, cônjuges sobreviventes e filhos menores de bispos falecidos. Ambos os valores também representam uma redução em relação ao orçamento do Fundo Episcopal aprovado em 2016.
A esperança é que as reduções no novo orçamento aliviem os encargos financeiros das conferências anuais, das regiões compostas por múltiplas congregações e das congregações semelhantes.
Esse orçamento também reduziu o número geral de bispos, com o número de bispos dos EUA caindo de 39 para 32, mesmo com a adição de mais dois bispos à África, onde a denominação está crescendo.
O Conselho dos Bispos se reunirá em Chicago de 27 de abril a 2 de maio para sua reunião anual de primavera. A reunião está programada para incluir oito novos bispos eleitos desde a última reunião episcopal, em novembro .
*Hahn é editora assistente de notícias da UM News. Entre em contato com ela pelo telefone (615) 742-5470 ou pelo e-mail [email protected] . Para ler mais notícias da Igreja Metodista Unida, assine o UM News Digest gratuito .
** da Cruz é comunicador no Oeste de Angola com sede em Luanda
