Metodistas Unidos em Angola apoiam sobreviventes das enxurradas

A direcção Central da Conferência Anual do Oeste de Angola, representada pelo Rev. Vladmir Agostinho, esteve no dia 14 na cidade do Dondo, Município de Cambambe (província de Kuanza Norte), para se inteirar dos estragos causados pelas enxurradas que na madrugada de 8 de maio, onde moradores acordaram sob fortes chuvas que arrastaram consigo bens da comunidade de Cassesse, por conta do transbordo do rio Capacala.

“Há muito trabalho por se fazer aqui neste município,’’ explicou Laurinda Elisa, directora municipal da Acção Social, Família e Igualdade de Género.

“Até ao momento,já foram cadastradas e estão a receber apoio 1.700 famílias, num total de 8.590 pessoas afectadas,” disse Elisa.

A comitiva da Conferência Anual do Oeste de Angola (CAOA) que visitou o município afectado, foi encabeçada pelo Presidente do Conselho Geral de Programa e projectos, o Rev. Vladmir Agostinho. Fizeram ainda parte da comitiva, a guia leigos conferencial, irmã Laurinda Neto, o director do departamento de Agricultura, irmão António Sozinho, para além dos oficiais do Distrito que eram encabeçados pela Superintendente do distrito Revda. Neusa Ndalamba.

“Amados, viemos aqui hoje porque ouvimos o grito do povo de Deus de Cassesse por conta daquilo que vos abalou,” disse a Reverenda Neusa Ndalamba, superintendente distrital de Kuanza Norte.

A chuva que caiu sobre a cidade do Dondo, provocou a inundação e a destruição de muitas residências. Nem mesmo o templo da Igreja Metodista Unida de Israel, naquela localidade, foi poupado pela inundação que arrastou todos os registos da igreja.

“Depois de ouvirmos o que aconteceu aqui, a igreja começou a mobilizar-se para acudir nalgumas das necessidades que agora vos aflige,” disse o Reverendo Vladmir Agostinho, director conferencial de projectos.

A população do município de Cambambe é de cerca de 71.715 habitantes, segundo o censo geral da população de 2014. “Trouxemos 700 cestas básicas, balões de fardos e algum kit de biossegurança e higiene,” continuou Agostinho.

Revda Neusa Ndalamba, superintendente distrital de Kuanza Norte, dando a bênção final depois do encontro com os sobreviventes das enxurradas em Cambambe-Dondo, Angola. Foto de Orlando da Cruz. 

Revda Neusa Ndalamba, superintendente distrital de Kuanza Norte, dando a bênção final depois do encontro com os sobreviventes das enxurradas em Cambambe-Dondo, Angola. Foto de Orlando da Cruz.

Algumas famílias sinistradas ouvidas pela nossa reportagem regozijaram-se com a assistência porque vai minimizar a situação em que se encontram, uma vez que perderam todos os seus pertences.

Maria Oliveira, uma das pessoas directamente atingida pelo desastre, disse que “muitas famílias perderam todos seus haveres, e viram suas residências destruídas com a fúria das águas.”

“Aqui no Dondo, muitas famílias ainda vivem o pesadelo experimentado naquela madrugada de 8 de Maio,” continuou Oliveira.

Os munícipes da cidade de Dondo expressaram o seu apelo junto do Governo para que houvesse maior celeridade na distribuição de terrenos em zonas seguras para construção de suas casas.

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“Não pensamos que seria assim,” disse Francisca André, jovem sinistrada de Cassesse no Dondo, com um rosto desolado. “O que pensávamos é que seria uma chuva como as outras, que não deixaria rastros de desgraça, que não colocaria famílias na penúria aqui na nossa comunidade,” explicou André.

“A desgraça que nos abalou é maior e de difícil recuperação,”avaliou Faustino Congo, pastor da Metodista Unida, já na reforma. “Imagina trabalhares durante uma vida e consegues com o salário equipar sua casa, e em menos de 24 horas veres tudo a ir embora com as águas da chuva!” questionou Congo.

O que aumentou a desgraça em Dondo foi o transbordo do Capacala, e isso surpreendeu muitas comunidades que viram seus bens completamente destruídos. “Embora a chuva seja uma bênção, para nós desta vez trouxe tristeza,” desabafou Congo.

“Sei o que é perder quase tudo o que construímos na vida, pois já vivi momentos tristes como este na minha vida, mas amados, sejamos fortes, Deus não nos abandonou,”  encorajou Ndalamba partilhando sua experiência. No acto, a superintendente Ndalamba garantiu aos sobreviventes que aquela era apenas a primeira caravana de apoio, pois mais viria para o socorro, dai que não deviam se desesperar.

No município de Cambambe estima-se que cerca de 1,700 familias estão directamente afectadas pelas chuvas torrenciais que abateram aquela parte da província de Kuanza Norte, com 2 vítimas fatais.

Embora um número significativo dos sinistrados já regressou as suas residências, ou se encontrando em casas de alguns familiares, há outras que arrendaram casas, ou que permaneçam em centros de acolhimento como escolas, por não terem onde ficar. A chuva provocou também a destruição de várias infra-estruturas públicas e privadas e deixou a cidade do Dondo privada de energia eléctrica e água potável, comunicações e por algum período cortou a ligação entre a cidade Capital e o Sul passando por aquela parcela do país.

 

* Orlando da Cruz é o comunicador da Conferência Oeste de Angola das Notícias Metodista Unida. Contacto com a imprensa: Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, [email protected].Para ler mais notícias da Metodista Unida, inscreva-se nos resumos quinzenais gratuitos.

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