Em meio ao caos, mortes, fome e a busca de bens essenciais de primeira necessidade, do confinamento e da grande crise económica mundial, a Igreja e o Estado angolano (Ministério da Saúde) formam mais de 40 facilitadores voluntários, dentre jovens, líderes comunitários e tradicionais, leigos, pastores e professores da Faculdade de Teologia do Quéssua, sobre a matéria de prevenção para servirem à populações mais vulneráveis durante a pandemia de COVID-19.
“Queremos trabalhar juntos num projecto humanitário e social que através da prevenção, se pretende preservar a vida, como também melhorar a qualidade da saúde entre as populações mais vulneráveis,” disse o Rev. Dr. Leonardo Garcia Salgado, um dos formadores do programa.
O trabalho social continua a ser uns dos sinais distintos da Igreja Metodista Unida, e para este trabalho baseou-se no livro de Jeremias 33:6: Eis que eu trarei a ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade.
“Para o cumprimento deste programa, estão aqui, a Igreja Metodista Unida, o gabinete provincial e municipal da saúde, membros da equipe de saúde e do Centro de saúde do Quéssua,” sublinhou Salgado.
“Este encontro, visava formar facilitadores voluntários com responsabilidade de promover a educação sanitária nas comunidades sobre prevenção da contaminação comunitária, ensinar as técnicas de higiene das mãos e a respiratória, exortar a população a cumprir com o distanciamento social, a limpeza e desinfecção no lar e o uso frequente de máscaras em locais públicos,” afirmou Chicosseno Salvador.

Equipe de voluntários preparados para entrarem em acção nas comunidades circunvizinhas de Quessua, Malanje. Foto de João Nhanga.
“O programa COVID-19 é uma iniciativa da Igreja,” disse Salvador.
“O Ministério da Saúde entra no projecto com seu efectivo, apenas para formar os voluntários, uma vez a Igreja sendo parceira do estado, dai que quando as actividades são relacionadas com a saúde, contamos sempre com a colaboração da comissão inter-ministerial na dianteira,” concluiu Salvador na entrevista.
“Agradecemos o programa COVID-19 que a Metodista Unida do Quéssua está a desenvolver,” disse Heinor Canda, representante do departamento de saúde e controle de endemia em Malanje.
“Nós como parceiros da Igreja, estamos aqui para ajudar com aquilo que é possível. A Igreja tem ajudado muito o governo angolana na luta contra a COVID-19, particularmente aqui em Malanje,” explicou Canda.
Mais de 40 facilitadores voluntários, dentre jovens, líderes comunitários e tradicionais foram devidamente preparados para a grande missão.
Falando a nossa reportagem Francisco Caetano, um dos líderes comunitários da aldeia do Mufongo, disse “aprendemos que devemos usar bem as máscaras. A máscara deve cobrir o nariz, boca e o queixo. Aprendemos também que temos que lavar as mãos constantemente durante 30 ou 40 segundos.”
Em algumas zonas rurais ainda é um grande desafio o uso de máscaras. Paralelamente a esse facto, há algumas pessoas que, mesmo tendo a máscara, o seu uso continua sendo indevido.
À semelhança do surgimento do HIV-SIDA, onde muitas pessoas eram estigmatizadas, há rumores nas comunidades a volta daquelas pessoas padecendo da COVID-19, que estão sendo ostracizadas.
“Saimos daqui instruídos que não devemos desprezar ninguém que porventura mostre sintomas semelhantes aos da COVID-19, porque nem todo sintoma está relacionado com a doença,” disse Francisco Massango, representante da Aldeia da Manga.
Nhanga é o comunicador da Conferência de Leste de Angola das Notícias Metodista Unida. Contacto com a imprensa: Rev. Gustavo Vasquez, editor de notícias, em [email protected] Para ler mais notícias da Metodista Unida, inscreva-se nos resumos quinzenais gratuitos.