Pontos principais:
- A turma de 2025 da instituição pan-africana contou com graduados de 20 países africanos, sendo 59% mulheres.
- O vice-reitor Peter M. Mageto disse que a Universidade de Africa está preparada para capacitar milhares de jovens, homens e mulheres por meio de programas realizados em colaboração com organizações locais.
- A 31ª cerimônia de formatura celebrou a obtenção dos primeiros diplomas oferecidos em parceria com o Seminário Teológico Wesley e a Universidade Claflin.
Mais de 600 estudantes de 20 países africanos se formaram na Universidade de África a 7 de junho, numa cerimônia onde os recém-formados de duas instituições parceiras também foram apresentados ao senado da instituição.
No seu discurso, o vice-reitor Peter M. Mageto afirmou que a universidade Metodista Unida não está apenas reimaginando como as universidades servem as suas comunidades, mas também ancorando seus jovens em pesquisa, inovação e empreendendorismo com propósito. Com 622 formandos se juntando ao grupo dos graduados em todo o continente, a universidade permanece fiel ao seu lema: "Líderes se formam aqui".
“Ao nos reunirmos para celebrar as conquistas dos nossos graduados, também marcamos o início de um novo capítulo ousado — um capítulo moldado por parcerias transformadoras que posicionam a nossa instituição como um catalisador continental para inovação e impacto”, disse Mageto.
“Como instituição líder no Zimbabwe, a Universidade de África está trabalhando em conjunto com universidades locais, instituições vocacionais e organizações de base para capacitar mais de 16.000 jovens, homens e mulheres — incluindo refugiados e pessoas com deficiência — com as ferramentas para impulsionar uma transformação inclusiva e resiliente ao clima na agricultura e nos sistemas agroalimentares”, disse Mageto.
Disse ainda que para impulsionar o empreendedorismo e a inovação, a universidade formou o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Comercialização, um agente revolucionário que conecta a pesquisa à indústria e converte as ideias dos estudantes em negócios viáveis.
“Por meio deste centro, a Universidade de África pretende apoiar mais de 30 start-ups e treinar mais de 300 alunos em habilidades empreendedoras até 2027, abrindo caminho para mais de 1.000 novos empregos”, disse Mageto.

A turma de formandos de 2025, com 59% de mulheres foi exclusiva porque os alunos concluíram o último ano do ensino médio e o primeiro ano da faculdade durante a pandemia do COVID-19.
Durante a cerimônia, foi apresentada ao Senado a primeira turma de 10 formandos do Doutoramento em Ministério em Capelania Militar no continente africano. O programa piloto foi realizado em parceria com o Seminário Teológico Wesley, uma instituição da Igreja Metodista Unida, sediada em Washington, D.C. Os 10 capelães, oriundos do Exército, da Força Aérea, da Polícia e dos Serviços Correccionais de quatro países da África Austral, formaram-se em Maio.
A Universidade de Africa receberá os seus primeiros alunos para o programa de capelania; desde então, o programa foi registrado pelo Conselho de Educação Superior do Zimbabwe, que regulamenta os programas.
A parceria da instituição com a Universidade Claflin, da Carolina do Sul, ligada à Igreja Metodista Unida, produziu uma conquista histórica que também foi apresentada ao Senado: a primeira turma africana de quatro estudantes formados em Mestrado em Biotecnologia com especialização em mudanças climáticas. Estudantes da Nigéria, Quênia, Moçambique e Zimbabwe estão agora na vanguarda da pesquisa com foco no clima, disse Mageto.
A universidade pan-africana conferiu a Martha Kabaira Chikowore, executiva da Organização Mundial da Propriedade Intelectual sediada na Suíça, um título honorário em reconhecimento ao papel fundamental que ela desempenhou na criação do programa de mestrado da Universidade de África em 2008.
“Receber este título de Doutor Honoris em Filosofia em Propriedade Intelectual é ao mesmo tempo emocionante e gratificante. Devo admitir: tenho simplesmente feito o que amo e gosto no meu trabalho. E ser reconhecida por isso e por esta instituição extraordinária é um dos maiores privilégios da minha vida”, disse Chikowore.
“A Universidade da África não é apenas uma instituição — é um farol. Um lugar onde o propósito encontra a possibilidade. Um lugar que acredita na construção de um futuro melhor, tijolo por tijolo, aluno por aluno, ideia por ideia”, disse ela.
Chikowore aconselhou a turma de formandos de 2025 a servir com humildade, liderar com o coração, dar um passo à frente com coragem e sempre ajudar os outros à medida que eles crescem.
Estou aqui hoje porque alguém abriu uma porta para mim e eu tive a coragem de atravessá-la. Minha fé me ensinou o seguinte: seu lugar é onde Deus o coloca e, quando Ele abrir uma porta, atravesse-a com ousadia.
Em um comunicado, a Universidade afirmou que Chikowore mudou a trajetória do treinamento em propriedade intelectual em África. "Seu legado está escrito no fortalecimento da capacidade das instituições, no aprimoramento da educação em propriedade intelectual e no avanço das estruturas jurídicas em todas as nações. Isso era óbvio na época do lançamento do programa e permanece até hoje."
Fanuel Tagwira, Secretário Permanente do Ministério do Ensino Superior e Terciário e Ex--Reitor da Universidade de África, disse que a 31ª cerimônia de formatura foi o início de novas possibilidades para cada formando e para o continente em geral.
“O governo do Zimbabwe continua firmemente comprometido em garantir que o ensino superior não seja um privilégio de poucos, mas um direito acessível a todos os Zimbabueanos, independentemente da origem ou geografia”, disse Tagwira.
Assine a nossa nova newsletter eletrônica em espanhol e português UMCOMtigo
Você gosta do que está lendo e quer ver mais? Inscreva-se para receber nosso novo boletim eletrônico da UMCOMtigo, um resumo semanal em espanhol e português, com notícias, recursos e eventos importantes na vida da Igreja Metodista Unida
“Por meio de investimentos deliberados em infraestrutura, conectividade digital, programas de bolsas de estudo e a criação de polos de inovação em todo o país, estamos trabalhando para eliminar barreiras e capacitar todos os jovens Zimbabueanos com a oportunidade de aprender, liderar e inovar. A educação é a base do desenvolvimento nacional e o acesso a ela não é negociável; é essencial”, afirmou.
Instituições como a Universidade de África actuam como parceiras essenciais na extensão de oportunidades a populações carentes, incluindo mulheres, jovens rurais e estudantes de todo o continente.
“Seus esforços em áreas como resiliência climática, ciências da saúde, inteligência artificial e empreendedorismo estão contribuindo diretamente para a transformação que vislumbramos como nação”, disse Tagwira. “Este é o tipo de ensino superior que atende às necessidades presentes e futuras do Zimbabwe.”
*Chikwanah é correspondente do Serviço de Noticias Metodista Unido, baseada em Harare, Zimbabwe .
** Da Cruz é comunicador na Conferência Anual do Oeste de Angola com Sede em Luanda.