Charles Houston, uma das sete pessoas que perderam a vida no colapso da passarela da balsa na Ilha Sapelo. Ele era um capelão no Departamento de Segurança Pública da Geórgia que fornecia orientação espiritual a cadetes em treinamento. Ele tinha 77 anos.
A passarela no Marsh Landing Dock na Ilha Sapelo desabou na tarde de sábado, quando cerca de 20 pessoas caíram na água. Sete pessoas foram confirmadas mortas e outras três gravemente feridas. As idades dos falecidos variam de 73 a 93, de acordo com o McIntosh County Coroner's Office.
Houston fundou uma organização sem fins lucrativos chamada Caring Connection Chaplaincy em 2011 para dar suporte a departamentos de polícia locais e várias outras agências, incluindo a Patrulha Estadual da Geórgia e o Departamento de Segurança Pública da Geórgia.
“Vejo a fé como um aspecto extremamente importante na vida de qualquer pessoa, mas especialmente na vida dos agentes da lei, porque eles veem o pior que os seres humanos podem fazer uns aos outros”, disse ele em um vídeo no site da Caring Connection Chaplaincy .
Allen Waldrop trabalhou com Houston por mais de 20 anos no Departamento de Segurança Pública da Geórgia. Ele descreveu seu colega capelão como muito ativo e sempre procurando maneiras de servir.
“Ele nunca ficava sentado esperando por uma chamada para o serviço”, disse Waldrop. “Sempre pronto para ajudar de qualquer maneira que pudesse.”
Waldrop relembrou ter trabalhado com Houston na Cúpula do G-8 em Sea Island em 2004, liderando devoções para policiais e fornecendo apoio espiritual para qualquer pessoa necessitada.
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“Era uma alegria estar perto dele”, disse Waldrop. “Um grande vazio ficará na Capelania da Patrulha Estadual com seu falecimento.”
Houston era conhecida na comunidade por apoiar famílias que estavam de luto pela perda de entes queridos, incluindo Lori Durham, cujo filho de 27 anos morreu em um incêndio em 2012.
Durham disse que Houston levaria comida e oraria com a família enquanto esperavam o legista identificar o corpo.
“Nós o conhecemos em meio a uma tragédia, e ele nos ajudou de uma forma que ninguém mais poderia ter feito”, disse ela.
Outros amigos e colegas usaram o Facebook para expressar seu choque e tristeza com a notícia da morte de Houston.
Rebecca Duke-Barton, pastora da Primeira Igreja Metodista Unida de Jesup, chamou Houston de “uma mentora e encorajadora incrível” não apenas para ela, mas para outros pregadores Metodistas Unidos em todo o sul da Geórgia.
“Ele trouxe esperança para muitas pessoas em seu trabalho como pregador e capelão”, disse ela no Facebook.
Mike Davis, pastor da Hahira Community Church, disse no Facebook: “Ele era um pastor e capelão muito dedicado e era amado por aqueles a quem servia, tanto na igreja quanto na aplicação da lei”.
Houston começou sua carreira no serviço público em 1976, servindo como pastor da Igreja Metodista Unida Plains enquanto era voluntário no City of Plains Volunteer Fire Department (bombeiro voluntário). Ele passou a servir como pastor em muitas outras cidades, incluindo St. Marys, Centerville, Richmond Hill e Thomasville. Ele também serviu como capelão do departamento de polícia em cada uma dessas comunidades.
Em 2005, Houston tornou-se capelão do Georgia Bureau of Investigation e três anos depois do Georgia Department of Natural Resources.
A organização sem fins lucrativos fundada por Houston usa sua plataforma de mídia social para conscientizar sobre a importância da orientação espiritual para policiais.
"É mais uma irmandade e um amigo do que apenas dizer 'Ei, eu sou um capelão e estou aqui para ajudar você e orar por você'", disse o tenente da polícia de Darien, Anthony Brown, em um vídeo postado no site da Caring Connection Chaplaincy. "Você sente que este é um amigo e [é] pessoal e este é meu irmão."
Durham, cuja família foi consolada por Houston em seu momento de tragédia, sentiu a morte de Houston duramente no domingo. Ela frequenta a Primeira Igreja Metodista Unida de Brunswick, onde Houston e sua esposa Elizabeth também adoravam. Os Durhams tinham planos de almoçar com os Houstons no domingo depois da igreja.
“Não conseguimos ir à igreja hoje”, ela disse. “Ficamos chorando a noite toda.”
*Ashley Ahn é repórter da equipe de notícias de última hora do The Atlanta Journal-Constitution. Para ler mais notícias Metodistas Unidas, assine gratuitamente os resumos quinzenais.
**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para [email protected].