Carta Pastoral Abordando a Situação Difícil dos Migrantes, Imigrantes e Refugiados

Em nenhum momento a igreja nos EUA teve uma oportunidade maior de acolher Jesus entre nós enquanto ele viaja com migrantes, imigrantes e refugiados do que hoje. Nós, seus bispos, temos clareza de que a situação que esses amados de Deus enfrentam quando a Administração Trump chega ao poder ameaça sua humanidade, sustento e direitos humanos básicos. 

Por décadas, um sistema de imigração quebrado nos EUA manteve migrantes, imigrantes e refugiados neste país vivendo nas sombras da sociedade em um estado de medo perpétuo. Eles vieram para os EUA em circunstâncias forçadas fugindo da pobreza extrema, fome, perseguição política e religiosa, guerra, violência de cartéis e gangues e o severo impacto das mudanças climáticas. Alguns são recrutados ativamente por grandes empresas dos EUA que precisam de sua mão de obra. No entanto, migrantes, imigrantes e refugiados ajudam a sustentar a economia dos EUA, servem nossas famílias cuidando de nossas crianças e idosos, limpando nossas casas, ajardinando nossas propriedades, construindo nossas estradas e as casas em que vivemos, e cultivando e colhendo as safras que alimentam nossas famílias. Eles são nossos vizinhos, nossos amigos e membros e pastores de nossas igrejas.
 
Lamentavelmente, o discurso de ódio racista, xenófobo, nacionalista e anti-migrante se tornou retórica padrão para muitos políticos dos EUA, incluindo o presidente eleito Donald Trump. Ele declarou que sob sua administração ordenará a deportação em massa dos 11 milhões de migrantes indocumentados que vivem e trabalham nos EUA. Ele ameaçou usar militares e policiais em todos os níveis para essa deportação em massa. Se permitida, essa deportação em massa de migrantes causará mais discriminação racial, a separação de famílias, o enfraquecimento de comunidades e congregações, o enfraquecimento da economia deste país e seus sistemas democráticos de lei e justiça. O presidente eleito Trump também ameaçou acabar com a cidadania por direito de nascimento, desmantelar o reassentamento de refugiados neste país e tirar ainda mais a possibilidade de os EUA acolherem requerentes de asilo nesta terra.
 
Estamos vivendo em um tempo sombrio que mais do que nunca nos chama para sermos a luz de Cristo, pessoas de fé que fazem nosso voto batismal de "resistir ao mal em todas as suas formas", com a máxima seriedade.
 

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¡FIQUE INFORMADO!

Como Metodistas Unidos, declaramos firmemente por meio de nossos Princípios Sociais que somos chamados a acolher ativamente o migrante, o imigrante e o refugiado entre nós. 
  • Afirmando a dignidade, o valor e os direitos dos migrantes, imigrantes e refugiados.
  • Reconhecendo que as pessoas deslocadas são particularmente vulneráveis, pois seu status intermediário muitas vezes lhes oferece pouca proteção e benefícios, deixando-as expostas à exploração, violência e abuso. 
  • Incentivando uns aos outros a acolher migrantes, refugiados e imigrantes em nossas congregações, fornecendo apoio concreto a eles, incluindo ajuda para lidar com políticas de imigração restritivas e muitas vezes demoradas, e assistência para garantir alimentação, moradia, educação, emprego e outros tipos de apoio.
  • Nos opondo a todas as leis e políticas que tentam criminalizar, desumanizar ou punir indivíduos e famílias deslocados com base em seu status de migrantes, imigrantes ou refugiados.
  • Condenando tentativas de deter pessoas deslocadas e mantê-las em condições desumanas e insalubres.
  • Desafiando políticas que exigem a separação de famílias, especialmente pais e filhos menores.
  • Nos opondo à existência de centros de detenção com fins lucrativos que são usados para deter migrantes, imigrantes e refugiados, incluindo crianças menores. (Princípios Sociais da Igreja Metodista Unida, Direitos e Liberdades Básicas da Comunidade Política, Seção G. Migrantes, Imigrantes e Refugiados)

 
Nós, seus bispos, convocamos o povo da Igreja Metodista Unida a orar pelos migrantes, imigrantes e refugiados entre nós e a acolhê-los com a plenitude do amor cristão, lembrando que, ao acolhermos estes, nossos irmãos e irmãs, acolhemos Jesus, nosso Senhor. 
 

Bispa Tracy S. Malone
Presidente - Conselho dos Bispos
Igreja Metodista Unida

 

*Contato de imprensa do COB: Rev. Dr. Maidstone Mulenga, Diretor de Comunicações. Você pode contatá-lo pelo telefone (202) 748-5172 (escritório) ou pelo e-mail: [email protected]

**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para [email protected]. Para ler mais notícias Metodistas Unidas, assine gratuitamente os resumos quinzenais.

Área Geral da Igreja
A presidente do Conselho dos Bispos, Tracy S. Malone, que também lidera a Conferência de Indiana, oficia a Santa Ceia no culto de encerramento da reunião do Conselho dos Bispos, de 27 de abril a 2 de maio, em Chicago. Durante a reunião, os bispos revelaram uma nova declaração de visão que planejam ajudar a denominação a concretizar. Foto de Rick Wolcott, Conselho dos Bispos.

Bispos trabalham para colocar uma nova visão em ação

Os bispos metodistas unidos passaram grande parte de sua reunião de primavera explorando como podem ajudar seus companheiros paroquianos a amar com ousadia, servir com alegria e liderar com coragem.
Conselho Judicial
A Presidente do Concílio, Tracy S. Malone (centro), que também lidera a Conferência de Indiana, discursa para seus colegas bispos e para aqueles que assistem à transmissão ao vivo em 2 de maio, último dia da reunião de primavera de 2025 do Concílio dos Bispos, em Chicago. Os bispos divulgaram uma declaração no final daquele dia, tentando amenizar as preocupações sobre uma decisão do Conselho Judicial sobre casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Sentados ao lado de Malone, da esquerda para a direita, estão o Bispo Ruben Saenz Jr., presidente designado da Conferência Horizon Texas, e o Bispo L. Jonathan Holston, secretário. Holston lidera as conferências Alabama-Flórida Ocidental e Norte do Alabama. Foto de Rick Wolcott, Concílio dos Bispos.

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Preocupações Sociais
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