Plantar novas igrejas que sejam relevantes para a nossa sociedade é um grande desafio, pois as constantes transformações do século 21 exigem cada vez mais uma proposta de igreja que seja capaz de responder aos anseios sociais, sem desprezar a essência do evangelho.
Sobre isso, Ronaldo Lidório afirma: “Tenho argumentado que o plantio de igrejas é peça fundamental na Missio Dei. Sem o plantio de novas igrejas o propósito de Deus não é realizado na terra. A transformação da sociedade na direção de Deus ocorre através da sua agência, a Igreja, e assim comunidades locais de convertidos são a maior expressão de sua presença e seu desejo transformador.”(1)
Nessa perspectiva, percebemos que o discipulado e a plantação de Igrejas devem caminhar juntos, resultando num processo muito mais eficaz na multiplicação de novas igrejas. O primeiro desafio é, portanto, estabelecer uma rede de relacionamentos na cidade. Posto que os relacionamentos, bem como o discipulado, apresentam-se no processo de plantação de Igrejas como um aspecto-chave, que vai desde o primeiro contato evangelístico, passando pela formação de uma primeira célula – grupo base – e caminha até a formação de uma Igreja local autônoma. Portanto, nunca podemos desprezar os relacionamentos “fora-Igreja”. Pois essas pessoas facilitarão o processo de plantação da nova igreja, tornando-se discípulas testemunhadoras das boas-novas do Evangelho.
Existem várias formas de se iniciar uma nova igreja: através de metodistas que já estejam morando em uma localidade, como num bairro ou cidade onde ainda não exista a igreja. Pode ocorrer também por meio da mudança de um/a obreiro/a para um novo local, sem que exista um grupo prévio de metodistas etc. Mas independentemente de qual seja o caso, o importante é não perder de vista que a plantação de igrejas é a mais eficaz “metodologia evangelística debaixo do céu.”(2)
E devido a isso, ela deve estar no horizonte constante de todas as igrejas, pois cada nova igreja plantada tem grande potencial evangelístico por poder se adaptar rapidamente à cultura e ao contexto em que está sendo plantada, tornando-se assim parceira da igreja mãe e participando da “ação de Deus no seu propósito de salvar o mundo.”(3)
É sobre esses desafios da plantação, que fomos instigados/ as e inspirados/as por Deus a começarmos o blog plantandoigrejas.com, que visa dialogar e auxiliar nesse processo que nós mesmos/as temos vivenciado, nesta tarefa que Deus tem colocado à sua igreja.
Plantar igrejas é um desafio possível e que nos proporciona experiências que levaremos para sempre em nosso ministério pastoral; é entender que podemos fazer parte daquilo que o Senhor deseja realizar no mundo, é um desafio que tem se apresentado nas cidades de Pouso Alegre/MG e Aracruz/ ES, onde estamos nomeados e trabalhando na plantação, e em muitas outras onde cremos que o Senhor levantou, levanta e continuará levantando obreiros/as para cumprir sua missão: “indo façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” (Mateus 28.19)
(1) LIDORIO, Ronaldo. Plantando Igrejas: Teologia Bíblica, Princípios e Estratégias de Plantio de Igrejas. São Paulo/SP: Casa Editora Presbiteriana, 2007. p. 43-44.
(2) WAGNER, C. Peter. Church Planting for a Greater Harvest. Ventura/CA: Regal Books, 1990. p. 11.
(3) IGREJA METODISTA. Cânones da Igreja Metodista. Piracicaba/SP: Equilíbrio Editora, 2012. p. 30.
* Douglas Franco Bortone e Pr. Lucas Andrade Ribeiro. Este artigo foi publicado pelo Expositor Cristão. Para ver a publicação original abrir este link: http://www.metodista.org.br/content/interfaces/cms/userfiles/files/expositor-cristao/expositor-cristao2014/Expositor%20Cristao%20Outubro%202015.pdf