No combate à pobreza e pandemia: Angola Leste produz sabão caseiro

Formandos, trabalhando já com as misturas para a produção do sabão. Malange, foto de Gelson Carlos.
Formandos, trabalhando já com as misturas para a produção do sabão. Malange, foto de Gelson Carlos.
Já lá vão três meses desde que o confinamento e distanciamento físico e social têm lugar em Angola. Neste período, a vida da população angolana tem vindo a piorar.
 
"Em resposta as necessidades que o nosso povo esta atravessando, surgiu-nos a necessidade de idealizar, elaborar e implementar um projecto de produção de sabão caseiro," disse Rev. André Vieira, director conferencial de estudos e projectos.

"Pensamos num projecto como este, para ajudar alguns pastores e suas esposas, como também membros da Igreja e da comunidade, para obtenção duma renda e também para o uso na higienização, como forma de protecção contra o coronavírus," explicou Rev. André Vieira.

Na conferência do leste, tem muitas famílias pastorais que dependem única e exclusivamente da Igreja para o seu sustento diário.

"Por conta do fechamento das Igrejas donde muitas famílias pastorais dependem financeiramente, avançamos com este projecto que abrange também membros da comunidade, e os resultados são visíveis," disse Rev. André Vieira.

"Com esta formação, eles poderão produzir sabão em suas casas e desse modo, contribuíram na renda domestica e no combate a COVID-19," conclui Director de estudos e projecto Rev. André Vieira.
Formandos colocando o produto na forma para endurecimento. Malange, foto de Gelson Carlos.
Formandos colocando o produto na forma para endurecimento. Malange, foto de Gelson Carlos.
Em meio a fome, a necessidade de bens essenciais de primeira necessidade, tem sido o grande problema que o povo tem atravessado e, a Igreja levantou-se para ajudar.

A nossa reportagem, soube da Direcção Geral de Estudos e Projectos, que numa primeira fase mais de 20 fiéis entre eles pastores, suas esposas e leigos participaram na formação para a produção de sabão caseiro.
 
"Se os formandos levarem a sério esta formação, temos certeza que este projecto irá minimizar o elevado custo de vida no seio das suas famílias, e dos membros da comunidade Metodista no Leste de Angola," disse em entrevista Rev. Famoroso Cassuendi, um dos formadores.
O que se espera deste projecto é que depois da formação, cada fiel possa produzir o sabão em sua casa e a outra parte da produção, poderá vender para ganhar dinheiro e assim minimizar as necessidades no seio da sua família.
 
“Este projecto de produção de sabão caseiro é uma experiencia pioneira neste Distrito de Malanje e Kiwaba Nzoji. Depois de acompanharmos a evolução neste distrito, passaremos posteriormente para outros mais próximo da sede episcopal, como são os casos do: Quela, Kambundi Katembo e Kalandula," avançou Pastor Famoroso Cassuente.

"Depois do período de distanciamento social terminar, avançaremos para aos distritos da Lunda Sul, Lunda Norte, Bié, Cuando Cubango, Muxico e o distrito da Namíbia," explicou Cassuente um dos formadores.

"Eu estou muito satisfeita por fazer parte desta formação," disse Feliciana Lucas Directora Distrital das mulheres no distrito de Malanje uma das formandas. 

"O sabão é um produto de higiene e limpeza muito essencial, mesmo antes do surgimento da COVID-19. Com as habilidades que estou adquirindo aqui, irei ajudar a minha família e ate mesmo as minhas amigas e vizinhas do meu bairro," concluiu Lucas.
Recortando o sabão em barras, o produto final. Malange, foto de Gelson Carlos.
Recortando o sabão em barras, o produto final. Malange, foto de Gelson Carlos.
“Fomos os primeiros a ser formados e vamos expandir para outros horizontes a experiencia que nos foi passada e faremo-la com zelo e dedicação tudo para o bem do evangelho e da economia dos pastores e leigos no geral em quanto durar a pandemia," disse João Francisco Miguel, pastor da Igreja São Paulo também participante daquela formação.

"Esta experiência, servirá de negócio e ganha-pão pessoal, pois, uma experiencia bem aprendida como esta, jamais será esquecida,” disse Lucas Alcaide formando.
 
Da formação, conseguia ver-se o entusiasmo, tanto dos formadores bem como dos formandos. 
  
“Em breves palavras, o projecto é louvável e não deve parar por aqui," louvou Sua Reverendíssima José Quipungo, bispo da Área Episcopal de Angola Leste.

"Devemos continuar com este projecto e expandi-lo para todos os distritos que compõem a nossa área episcopal, tanto este de produção de sabão, como o de manufacturação de máscaras, devem beneficiar as nossas comunidades dentro da área episcopal," concluiu Bispo Quipungo.

*Nhanga é o comunicador da Conferencia de Angola Leste das Notícias Metodista Unida.

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