O evangelho de Jesus Cristo nos convoca a identificar e resistir aos poderes do mal que prejudicam nossas comunidades. A Igreja é um mosaico vivo da criação de Deus — expressa na beleza da diversidade de línguas, culturas, etnias, habilidades, gêneros e muito mais. Cada uma delas é uma dádiva sagrada de Deus para o mundo.
Quando qualquer parte da imagem divina de Deus é menosprezada por causa da linguagem, sotaque, cor da pele ou diferença da cultura branca dominante, não podemos permanecer em silêncio.
Com profunda preocupação por nossos vizinhos, devemos citar a recente decisão da Suprema Corte no caso Noem versus Perdomo (emitida em 8 de setembro de 2025), que revogou uma ordem de restrição que proibia agentes do ICE de parar ou deter indivíduos em Los Angeles apenas com base em quatro fatores: raça ou etnia aparente, falar espanhol ou inglês com sotaque, local de trabalho (por exemplo, locais de trabalho temporário) ou tipo de trabalho (por exemplo, mão de obra de baixa remuneração).
Esta decisão não é simplesmente uma questão de política; ela concede licença para a discriminação racial. Ela santifica a discriminação. Ela transforma nossa Imago Dei, dada por Deus, em uma arma para exclusão e apagamento.
Esta decisão aprofunda o medo entre aqueles cuja primeira língua não é o inglês, cujos sotaques são perceptíveis e cuja própria aparência, local de trabalho ou vestimenta podem agora ser usados por agentes como pretexto para interrogatórios. Ela força comunidades inteiras a viver sob a constante ameaça de assédio sem justa causa. Pessoas se tornam alvos de escrutínio simplesmente por existirem. Esta decisão abre caminho para que o racismo seja praticado como uma ação permissível — uma realidade contra a qual a Juíza Sotomayor alertou com suas palavras: "documentos, por favor".
Este é mais um passo em direção ao que só pode ser descrito como limpeza étnica nos Estados Unidos. Como Metodistas Unidos, nos posicionamos contra a discriminação racial e todas as formas de racismo sistêmico. Nosso Livro de Resoluções (Resolução 3329) deixa claro: somos chamados a responsabilizar as autoridades policiais sempre que perpetuarem a injustiça.
Comprometemo-nos a unir-nos a outros na luta contínua por justiça numa sociedade que, com demasiada frequência, divide e desumaniza. Continuaremos a denunciar o racismo quando o virmos. Continuaremos a educar a nossa igreja. E continuaremos a defender o apelo bíblico para um relacionamento correto com Deus e uns com os outros — relacionamentos marcados por Amor, Graça, Equidade, Justiça, Respeito e Responsabilidade Mútua.
Sim, podemos! Sim, nós podemos!
Graça e paz,
Rev. Dr. Giovanni Arroyo
Secretário Geral
Comissão Geral sobre Religião e Raça
Bispo Julius C. Trimble
Secretário Geral
Conselho Geral da Igreja e Sociedade
Sally Vonner
Secretária Geral
Mulheres Unidas na Fé
Rev. Jeff Campbell
Secretário Geral
Ministérios de Discipulado
Recursos para Ação
O testemunho fiel exige aprendizado e ação. Incentivamos você a explorar os seguintes recursos de nossos parceiros Metodistas Unidos e usá-los para aprofundar a compreensão, estimular o diálogo e inspirar o engajamento fiel:
Conversas vitais sobre imigração
Orações de Arrependimento pela Justiça Racial
Recursos de Justiça de Imigração do Conselho Geral da Igreja e Sociedade
Linha do Tempo da Justiça Racial
Livro: Imigração e a Bíblia: Um guia para uma recepção radical, de Joan M. Maruskin
*O Conselho Geral da Igreja e da Sociedade da Igreja Metodista Unida se dedica ao trabalho de viver a fé, buscar a justiça e buscar a paz.
**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para [email protected]. Para comunicar com Notícias MU você pode ligar para 615-742-5470, [email protected] o IMU_Hispana-Latina @umcom.org.